Acabo de publicar na Buala uma crítica de “The Absence of Paths”, projeto com o qual a Tunísia participa nesta Bienal de Veneza. Compartilho aqui um trecho do texto, que poderá ser lido na íntegra aqui.
Tudo dentro da problemática lógica da representação nacional deve ser pensado nos termos de estratégias e táticas. The Absence of Paths assinala o problema do nacionalismo, estruturante da própria Bienal de Veneza. Ao mesmo tempo, parece abrir mão de um espaço que poderia despertar curiosidade internacional pela efervescente cena artística tunisina, culminando numa efetiva melhoria das condições de trabalho dos artistas do país. Se a internet parece ser a parte, já realizada, deste utópico mundo sem fronteiras, abandonar o corpo-a-corpo com a arte como território estratégico para a legitimação e reinserção de um país no âmbito internacional parece ser o efeito desta hipertrofia da função social da arte que, no caso do Pavilhão da Tunísia nesta Bienal, chega a prescindir do artista.

The Absence of Paths, o Pavilhão da Tunísia está na Bienal de Veneza de 13 de maio a 26 de novembro de 2017, theabsenceofpaths.com.